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A formação da personalidade está sujeita à influência de múltiplos fatores. Estes fatores podem ser divididos em dois grandes grupos: hereditariedade e meio.
Por hereditariedade entende-se tudo aquilo que herdamos dos nossos progenitores, as características biológicas e as potencialidades intelectuais inscritas no nosso código genético transmitido através dos cromossomas. A transmissão genética dá-se através de uma célula da mãe - o óvulo - e uma célula do pai - o espermatozóide -, cada uma com 23 cromossomas. Juntas asseguram os 46 cromossomas característicos da espécie humana. Os cromossomas são constituídos por genes que contêm a informação biológica que vai permitir o desenvolvimento de determinadas características do indivíduo. Os genes são constituídos por moléculas de ADN. O código genético é a sequência de genes existentes nos cromossomas e que caracterizam uma determinada espécie. Daí que possamos falar em hereditariedade específica, a informação genética responsável pelas características comuns a todos os elementos de uma mesma espécia, o que nos torna humanos. E a hereditariedade individual, a que nos torna únicos entre todos os elementos da mesma espécie.
O meio, por sua vez, é tudo aquilo que não herdamos, são os mais diversos ambientes com que contactamos desde o momento da concepção - o meio intra-uterino -, ao longo da nossa vida - o meio familiar, o meio social, o meio cultural... -, que estimulam ou reprimem as potencialidades genéticas e assim se tornam igualmente determinantes na pessoa em que nos tornamos. Por exemplo: as condições psicológicas da mãe, assim como a sua alimentação e hábitos não saudáveis, como fumar, têm reflexos negativos no desenvolvimento do feto. Assim como um meio familiar equilibrado será favorável ao desenvolvimento harmonioso da criança.
Durante muito tempo, a questão dividia radicalmente os teóricos. Tínhamos os partidários da hereditariedade, isto é, aqueles que defendiam que o património genético é o grande responsável por aquilo que somos. Também conhecidos por deterministas, por defenderam que somos o resultado inevitável das características biológicas, como se estivéssemos pre-determinados pelo nosso código genético a ser inevitavelmente o que somos. E tínhamos os behavioristas, como Watson que já conheces, convencidos que seria o meio, independentemente das condições biológicas, o único responsável pela personalidade que assim iria sendo moldada no contacto com o meio. Hoje, a discussão já não faz muito sentido, uma vez que todos concordam que somos o resultado mais ou menos equilibrado da tensão entre ambos os factores: hereditariedade e meio. Como fica provado no caso dos gémeos verdadeiros separados à nascença para viver em ambientes distintos: geneticamente iguais, mas com personalidades disitntas. Daí que tenhamos que falar em outros dois conceitos: genótipo e fenótipo.
O genótipo é o conjunto de características que uma pessoa recebe por transmissão genética, a informação genética de cada indivíduo presente no ovo. O fenótipo é o conjunto de caracterísiticas físicas e psicológicas que uma pessoa apresenta, que resulta da combinação entre a herança genética (genótipo) e a influência do meio.