domingo, 9 de março de 2014
. Processos cognitivos: a aprendizagem
A aprendizagem consiste numa modificação relativamente estável do comportamento ou do conhecimento, que resulta do exercício, experiência, treino ou estudo. Em termos gerais podemos dividir a aprendizagem em dois grandes grupos: a aprendizagem não simbólica e a aprendizagem simbólica. A primeira tem a ver com os comportamentos diretamente relacionados com os estímulos provenientes do meio e que são previsíveis na presença do estímulo. A segunda, tem a ver com os comportamentos que envolvem interpretação - atribuição de significados -, como cumprimentar as pessoas, escrever o sumário, ler este texto, etc. De seguida, estudaremos dois tipos de aprendizagem não simbólica - aprendizagem não associativa e aprendizagem associativa - e dois tipos de aprendizagem simbólica - a aprendizagem por observação/imitação e a aprendizagem com recurso a símbolos e representações -.
1. APRENDIZAGEM NÃO ASSOCIATIVA
É pela aprendizagem não associativa que aprendemos a selecionar os estímulos a que devemos e não devemos dar importância. Quando se trata de selecionar os estímulos do meio ambiente que nos interessam, deixando de reagir aos que não são importantes, diz-se que aprendemos por habituação. Como acontece, por exemplo, quando passamos a ignorar o barulho dos automóveis lá fora para conseguir continuar a estudar no interior do nosso quarto. Quando, pelo contrário, aprendemos a identificar estímulos que nos perturbam ou ameaçam, dando-lhe a devida importância, dizemos que aprendemos por sensitização. Como acontece, por exemplo, quando nos assustamos com o disparo de uma pistola.
2. APRENDIZAGEM ASSOCIATIVA
A aprendizagem associativa é mais complexa do que a habituação e a sensitização, uma vez que somos levados a associar estímulos e respostas. O melhor exemplo de aprendizagem associativa é o condicionamento clássico, que já estudaste a propósito da noção de reflexo condicionado descoberto por Pavlov nas suas experiências sobre os reflexos digestivos do cão.
3. APRENDIZAGEM POR OBSERVAÇÃO E IMITAÇÃO
Este é um tipo de aprendizagem que fazemos de forma espontânea desde os primeiros anos de vida e ao longo de todo o processo de socialização. Trata-se de observar e imitar os outros - pais, professores, ídolos... - cujos comportamentos reconhecemos como modelos sociais a seguir. Daí que também seja conhecida por aprendizagem social ou aprendizagem por modelação.
4. APRENDIZAGEM COM RECURSO A SÍMBOLOS E REPRESENTAÇÕES
Este é o tipo de aprendizagem presente na aquisição de conhecimentos novos de modo a integrá-los nos conhecimentos já adquiridos preservados pela memória. Como acontece, por exemplo, quando aprendes uma matéria nova que supõe a compreensão de outra anterior - não podes compreender o que é um reflexo condicionado sem antes teres compreendido o que é um reflexo -.
É pela aprendizagem não associativa que aprendemos a selecionar os estímulos a que devemos e não devemos dar importância. Quando se trata de selecionar os estímulos do meio ambiente que nos interessam, deixando de reagir aos que não são importantes, diz-se que aprendemos por habituação. Como acontece, por exemplo, quando passamos a ignorar o barulho dos automóveis lá fora para conseguir continuar a estudar no interior do nosso quarto. Quando, pelo contrário, aprendemos a identificar estímulos que nos perturbam ou ameaçam, dando-lhe a devida importância, dizemos que aprendemos por sensitização. Como acontece, por exemplo, quando nos assustamos com o disparo de uma pistola.
2. APRENDIZAGEM ASSOCIATIVA
A aprendizagem associativa é mais complexa do que a habituação e a sensitização, uma vez que somos levados a associar estímulos e respostas. O melhor exemplo de aprendizagem associativa é o condicionamento clássico, que já estudaste a propósito da noção de reflexo condicionado descoberto por Pavlov nas suas experiências sobre os reflexos digestivos do cão.
3. APRENDIZAGEM POR OBSERVAÇÃO E IMITAÇÃO
Este é um tipo de aprendizagem que fazemos de forma espontânea desde os primeiros anos de vida e ao longo de todo o processo de socialização. Trata-se de observar e imitar os outros - pais, professores, ídolos... - cujos comportamentos reconhecemos como modelos sociais a seguir. Daí que também seja conhecida por aprendizagem social ou aprendizagem por modelação.
4. APRENDIZAGEM COM RECURSO A SÍMBOLOS E REPRESENTAÇÕES
Este é o tipo de aprendizagem presente na aquisição de conhecimentos novos de modo a integrá-los nos conhecimentos já adquiridos preservados pela memória. Como acontece, por exemplo, quando aprendes uma matéria nova que supõe a compreensão de outra anterior - não podes compreender o que é um reflexo condicionado sem antes teres compreendido o que é um reflexo -.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
. Tipos de memória
MEMÓRIA A CURTO PRAZO : é uma memória que retém a informação durante um período limitado de tempo, podendo ser esquecida ou passada para a memória a longo prazo. Tem duas componentes: a memória imediata e a memória de trabalho. Na memória imediata, o material recebido fica retido uma fração de tempo - cerca de 30 segundo. Se repetirmos mentalmente a informação - por exemplo, quando repetimos um código que não tivemos oportunidade de escrever -, o tempo pode alongar-se. Nesse caso, falamos de memória de trabalho: mantemos a informação enquanto nos é útil.
MEMÓRIA A LONGO PRAZO : trata-se de uma memória que é alimentada pelos materiais da memória curto prazo que são codificados, isto é, a que é atribuído um significado. Pode reter os materiais durante horas, meses ou toda a vida. Existem dois tipos de memória longo prazo que dependem de estruturas cerebrais diferentes: a memória declarativa e a memória não declarativa. A não declarativa é uma memória automática, ativada sempre que é necessário e sem que nos demos conta disso. Como quando voltamos a andar de bicicleta, depois de não o fazermos há algum tempo, sem que precisemos de parar para recordar como se faz. Também se chama, por isso mesmo, memória implícita ou sem registo. A memória declarativa, também designada por memória explícita ou com registo, por sua vez, implica a consciência do passado, do tempo, reportando-se a acontecimentos, factos e pessoas. É esta memória que te permite, por exemplo, recordar as fórmulas da matemática, os dias de aniversário dos teus amigos... Dentro desta memória distinguem-se ainda dois subsistemas, a memória episódica e a memória semântica. A primeira, envolve recordações e reporta-se a lembranças da tua vida pessoal - o rosto dos familiares, o nome dos ídolos... -, daí também se chamar autobiográfica. A segunda, refere-se ao conhecimento geral sobre o mundo. Como, por exemplo, as leis da física, os conhecimentos que já adquiriste em Psicologia... Trata-se, portanto, de uma memória que não implica a localização no tempo.
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